Coaching em Fonoaudiologia:treinamento das habilidades comunicativas

Segundo o Instituto Brasileiro de Coaching, a definição desta área é a seguinte:

"Coaching é um processo que utiliza técnicas, ferramentas e recursos de diversas ciências. Algumas pessoas dizem que Coaching é ciência, mas na realidade é um cocktail, um mix de recursos e técnicas que funcionam em ciências do comportamento (psicologia, sociologia, neurociências) e de ferramentas da administração de empresas, esportes, gestão de recursos humanos, planejamento estratégico e outros. É um processo que produz mudanças positivas e duradouras. Conduzido de maneira confidencial, individualmente ou em grupo, o Coaching é uma oportunidade de visualização clara dos pontos individuais, de aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação, para que as pessoas possam conhecer e atingir seu potencial máximo e alcançar suas metas."

Levando esta definição para a área fonoaudiológica, é fácil imaginar a inserção do profissional fonoaudiólogo nesta área de atuação. É possível realizar treinamento de habilidades comunicativas  para possibilitar ao cliente melhores resultados em atividades que envolvam diálogo, explicações e/ou vendas de produtos. Ou seja, com as orientações de um fonoaudiólogo, a capacidade de persuasão e a clareza no discurso dos indivíduos podem ser ampliadas consideravelmente.   

A Fonoaudiologia Empresarial, que abrange o coaching em comunicação, está ganhando destaque nos últimos anos. A experiente fonoaudióloga Maria do Carmo Carrasco, esclarece:"A Fonoaudiologia Empresarial como ciência no seu saber fazer se dedica ao estudo da Comunicação Humana e seus distúrbios na área empresarial. Assim, esse profissional inserido na gestão empresarial e recursos humanos tem sido considerado fundamental na equipe de trabalho transdisciplinar para realizar o brief de necessidades, investigação e diagnóstico comunicacional, análise de desempenho comunicacional de acordo com o segmento empresarial, cargo e função do profissional com o objetivo de aprimoramento e acompanhamento de condições excelentes de comunicação corporativa e pessoal."  

O leque de possibilidades é grande. Acompanhe as novidades do blog e saiba mais sobre a Fonoaudiologia Empresarial.

Acesse também: http://www.copconsultoria.com/index.html, página da Fonoaudióloga Maria do Carmo Carrasco.

Voz e personalidade: sua voz diz muito sobre você!

Alguns estudiosos afirmam que a voz é o espelho da alma, capaz de entregar a idade, o sexo, a procedência geográfica e, principalmente, o estado emocional de qualquer indivíduo. Sem ela, cerca de 40% dos brasileiros não teriam como trabalhar. Para cada voz, há uma personalidade diferente. Cada pessoa apresenta uma voz, com características fisiológicas e psicológicas próprias.Um simples “alô” pode revelar muito sobre o “estado de espírito” da pessoa do outro lado da linha, não é verdade? A voz é, sem dúvida, uma das extensões mais fortes da personalidade, denunciando o estado emocional e de saúde das pessoas. A não ser que você finja bem, seus amigos e conhecidos perceberão seu estado de humor por meio das características de sua voz: se ela está mais abafada, mais aguda, mais grave, mais contida, mais firme, mais fraca...enfim, há uma grande gama de variações.

A voz é uma função neurofisiológica inata nos seres humanos, que se aprimora juntamente com o desenvolvimento orgânico do indivíduo, dependendo de uma complexa atividade de todos os músculos que servem à sua produção e da integridade dos tecidos do aparelho fonador. É fácil entender que um desequilíbrio neste processo gera alterações na qualidade vocal. Mas em relação à personalidade, qual é a explicação adequada? A fonoaudióloga Maria Aparecida Coelho diz o seguinte:

"O tipo de educação e a convivência com outras pessoas ajudam a moldar a voz. Por isso, é comum encontrar vozes parecidas dentro da mesma família. Nesse caso, há  fatores genéticos e ambientais associados. Mas existem casos de pessoas não consanguíneas que têm vozes parecidas. É frequente o fenômeno ocorrer com pais e filhos adotivos, ou mesmo com amigos, porque a voz também vai sendo moldada com a convivência. Esse processo que ajuda a moldar nosso comportamento, nossos gestos e nossa voz aos do interlocutor, sempre que há empatia com outra pessoa, chama-se convergência."

Ela complementa:

"Na verdade, a voz não depende só de fatores biológicos e genéticos. Depende do dia, do estado emocional e de fatores como personalidade, temperamento, caráter, das situações a que a pessoa foi exposta ao longo da vida e da forma como aprendeu a reagir a essas situações."

As vivências de cada um determinarão estas reações. De maneira simplificada, podemos dizer que pessoas tímidas, submissas ou introvertidas falam baixo. Às vezes, essas características indicam uma situação do passado que já foi superada apesar de a pessoa continuar falando do mesmo modo.  Por outro lado, pessoas extrovertidas lidam melhor com desafios, falam alto e de maneira mais confiantes, pois não estão preocupadas com julgamentos alheios.

 

Assim, percebemos que a voz não é algo pronto, mas é ação, movimento, recriada a cada instante. Este é mais um lado fascinante da voz. Suas variações são capazes de acompanhar as nunaces comportamentais do indivíduo.

E você? O que sua voz diz sobre você hoje? Escute-se e cuide bem da sua voz!!!

Da infância à 3º idade: voz sempre presente!

A voz humana já existe desde o nascimento e se manifesta através do choro, riso, grito e dos sons da fala não-articulada. Com o passar do tempo, as mudanças no organismo ocasionam mudanças vocais, que são próprias à cada faixa etária.

No nascimento, os bebês apresentam pregas vocais bem pequenas, com apenas alguns milímetros. Após cerca de um ano, estas dobram de tamanho. No entanto, meninos e meninas apresentam vozes similares até o período que antecede a puberdade, pois o tamanho de suas pregas (ou cordas) vocais é o mesmo (guardadas, claro, as diferenças de cada indivíduo). 

Na puberdade, as vozes tornan-se diferenciadas: os meninos passam a apresentar uma voz mais grave, graças ao crescimento em tamanho e espessura das cordas vocais (mais massa). Este é o período denominado de muda vocal. Nesta época, os rapazes ganham o famoso "pomo-de-adão". O pomo-de-adão é uma saliência provocada por uma cartilagem laríngea denominada tireóide - a maior e mais proeminente cartilagem da laringe. Seu crescimento é determinado por hormônios masculinos, como a testosterona. Esses hormônios costumam ser encontrados em grande quantidade apenas nos homens, principalmente na fase da puberdade. Por isso, a maioria das mulheres não apresenta o "pomo-de-adão".
As vozes femininas também passam por mudanças, mas estas são bem mais discretas. O crescimento das pregas vocais não é tão repentino como no caso dos garotos; a voz torna-se um pouco mais grave, mas isto ocorre aos poucos. Nas meninas, este período de mudanças vocais não é tão perceptível.

O avanço da idade produz mudanças fisiológicas que podem alterar a voz. No entanto, como em outros processos relacionados ao envelhecimento, modificações ocorridas no trato vocal são variáveis de um indivíduo para outro. Além das modificações naturais, existem doenças comuns em idosos que alteram a qualidade vocal, como por exemplo as doenças neurológicas e os tumores laríngeos. Com a presbifonia (processo de envelhecimento vocal), cartilagens, ligamentos e músculos laríngeos passam por mudanças relevantes. Por conta disso, a voz passa por alterações, dentre elas: rápido cansaço ou fadiga vocal, falhas, diminuição da intensidade, instabilidade vocal, aumento da tensão laríngea (comportamentos compensatórios), mudanças na extensão vocal e alterações na coordenação respiratória. Preservar a eficiência vocal em idades avançadas, permitindo uma participação ativa na sociedade, é o principal objetivo da intervenção fonoaudiológica nestes casos. Conhecer a queixa do idoso, tentando entender o quanto alterações na voz são prejudiciais, é um ponto importante. Exercícios e orientações podem retardar este processo, assegurando uma melhor qualidade de vida.

Algumas estratégias:

- evitar fumo e ingestão de bebidas alcoólicas;

- ingerir bastante líquido;

- exercitar a musculatura orofacial (língua, lábios, bochechas...);

- não usar roupas ou adereços apertados;

- seguir outras orientações relacionadas à saúde vocal (algumas estão descritas aqui, em outro tópico).

A voz é fundamental em todos os momentos da vida, cuide bem dela!

É bom saber!

Mas por que?

A seguir comentaremos algumas recomendações comuns à manutenção da saúde vocal.

Saúde vocal consiste na adoção/manutenção de hábitos adequados que permitem que a voz permaneça em boas condições. Uma voz cuja qualidade é considerada agradável e produzida de forma confortável reflete uma condição de saúde vocal. Por outro lado, uma voz com qualidade vocal desagradável e produzida de modo desconfortável, reflete um quadro de disfonia (alteração passível de intervenção fonoaudiológica). Disfonias são alterações que dificultam ou impossibilitam a emissão natural da voz. Ocorrem basicamente por conta de prejuízos funcionais (abusos vocais, uso intenso e descuidado da voz) e patologias. De qualquer forma, todos os indivíduos devem ter certos cuidados com a própria voz, especialmente aqueles que a utilizam intensamente em suas atividades, os já mencionados profissionais da voz.

Segue abaixo uma pequena lista de orientações próprias à Saúde Vocal:

- Evite falar até perder o folêgo, forçando a saída de ar dos pulmões; o processo de respiração tem de ser natural. Quando perceber que lhe faltará ar, faça uma pequena pausa e respire tranquilamente.

- A água é uma ótima aliada da nossa voz. Beba água durante todo o dia, em intervalos razoáveis, e não somente quando sentir sede. A ingestão diária ideal é de 2 litros.

- Evite gritar sem necessidade ou exageradamente; quando gritamos, as nossas pregas vocais se tocam de forma muito brusca e com o passar do tempo essas pequenas agressões podem gerar “machucados”, como os nódulo ("calos") vocais.

- Evite fumar. O cigarro é um dos maiores inimigos da voz, pois apresenta em sua composição várias substâncias nocivas ao corpo, causadoras de uma ampla quantidade de malefícios, como o câncer de laringe. Além disso, sua fumaça muito quente agride e resseca o trato vocal, alterando a produção natural da voz.

- Bebidas alcoólicas devem ser consumidas com moderação! "Se você pensa que cachaça é água...", saiba que ela definitivamente não é! Às vezes, alugmas pessoas sentem uma aparente melhora na voz após a ingestão de bebidas; o que ocorre, na verdade, é uma diminuição de sensibilidade da garganta, o que faz com que a pessoa libere a voz sem preocupações (haja agressão vocal...)! O prejuízo, claro, é percebido depois. Irritação, dor e voz rouca são comuns após estes abusos.

- Roupas muito apertadas, especialmente na região na barriga, podem dificultar a respiração; sempre que possivel use roupas leves e confortáveis.

- A poeira é prejudicial à nossa respiração e, consequentemente, à nossa voz. Evite ficar por muito tempo em ambientes com tapetes, cortinas, carpetes e outros tipos de materiais que acumulam pó.

- Atividades de uso intenso da voz (como o canto) dependem de um preparo adequado. Nunca deixe de “aquecer” a voz antes de utilizá-la em tarefas que exigem um pouco mais dela (assim como um corredor não pode deixar de preparar-se antes de uma maratona).

- Alimentos gelados não devem ser ingeridos com frequência, pois o choque de temperatura (o quente do interior do organismo e o frio do alimento) pode danificar as pregas vocais (aumento de muco e inchaço das pregas vocais.

- Evite o uso exagerado de balas, pastilhas ou sprays que aliviam temporariamente as irritações na garganta. Na verdade, estes produtos “disfarçam” a dor do esforço vocal, causando uma sensação de melhora, o que não é verdade. Depois que o efeito passa, o problema pode voltar ainda mais incômodo. Se for possível utilizar estas substâncias e realizar repouso vocal, não há nenhum problema.

- Derivados do leite também aumentam a secreção de muco (saliva grossa) no trato vocal, o que ocasiona o pigarro. Este fato pode prejudicar a projeção vocal.

- Comer mação é uma boa pedida, pois ela “limpa” a boca e a faringe, dissolvendo um pouco do muco, favorecendo uma voz mais projetada e uma fala melhor articulada. Além disso, ao ingerí-la, movimentamos vários músculos da face relacionados à fala, por conta de sua consistência. A dicção torna-se mais clara, mais precisa.  

Acompanhem o blog e participem de sua construção. Sempre haverá atualizações. Sua opinião também é fundamental!

Soltando a voz: propostas de intervenção

O ser humano necessita comunicar suas necessidades, anseios, vontades, estados de espírito, sentimentos...enfim, precisa se relacionar com o mundo. Pra fazer isto, ele utiliza 2 meios de comunicação: a verbal (oral e escrita) e a não-verbal ( gestos, expressões faciais, símbolos, postura corporal). A voz pode ser tratada em ambiente clínico-terapêutico, com consultas individuais, ou ainda em grupos, com o objetivo de aprimorá-la. O trabalho de consultoria/assessoria na área de voz consiste em relacionar conhecimentos teórico-práticos da profissão (trabalho com respiração, ressonância, articulação, dicção, dentre outras coisas) com o comportamento do indivíduo nas relações sociais e de trabalho.

Obs: é importante salientar que este tipo de intervenção não é específica para cada indivíduo, pois a voz é trabalhada de maneira geral. Qualquer problema detectado deve passar por uma avaliação e acompanhamento terapêuticos adequados.

Algumas propostas de atuação

1 - Operadores de telemarketing: realização de orientações e treinamentos específicos sobre os cuidados com corpo e postura, com a voz, respiração, articulação e uso de comunicação eficaz de acordo com a empresa;

2 - Cantores: trabalho com coordenação respiratória/fonatória, ressonância, projeção vocal, extensão vocal, aquecimento, desaquecimento, estabilidade da musculatura laríngea, melhora da articulação dos sons;

3 - Professores: o trabalho com os professores visa criar uma postura de prevenção e adoção de hábitos de saúde vocal, evitando doenças vocais ocupacionais e/ou sociais (rouquidão, perda da voz ao final do dia, dor ao falar...), que certamente prejudicariam a função do professor, e auxiliando-os no desenvolvimento de técnicas facilitadoras no processo de ensino-aprendizagem;

4 - Setor empresarial: empresários, executivos, gerentes e outras pessoas em cargos de chefia necessitam desenvolver habilidades ligadas à liderança e motivação, precisando aprimorar a comunicação interindividual e negocial. É preciso aprimorar a comunicação oral e gráfica;

5 - Profissionais do setor judiciário: advogados, promotores e juízes necessitam aprimorar sempre a própria oratória, para que expressem o conhecimento de forma natural e segura. Técnicas de impostação vocal, respiração, relaxamento, aperfeiçoamento de fala, expressão corporal e outro atributos próprios do bom orador devem ser enfatizados em treinamentos com estes profissionais;
6 - Atores: o trabalho com atores visa relacionar a voz e seus múltiplos recursos (respiração, ressonância, articulação, projeção...) às diferentes necessidades cênicas, possibilitando ajustes vocais específicos, sem sobrecarga ao aparelho fonador.Certos personagens exigem grandes adaptações vocais, as quais, sem uma adequada orientação, podem ser prejudiciais.
7 - Profissionais do marketing (operadores de telemarketing, vendedores, turismólogos, etc): treinamento vocal nestes casos pode prevenir alterações ocupacionais. Para estes profissionais, a comunicação eficaz é uma ferramenta indispensável, peça-chave para o desenvolvimento de bons negócios. Bons vendedores necessitam dominar a comunicação oral e gestual com naturalidade e eficiência. Boa qualidade vocal, articulação precisa e fala inteligível, com sinais de credibilidade e inteligibilidade, são pré-requisitos nestes casos.

Voz: fundamental é cuidar!

Fonoaudiologia é a ciência que tem como objetivo cuidar da comunicação humana. Em relação à voz, cabe ao profissional fonoaudiólogo intervir com avaliação e tratamento de pacientes acometidos por problemas na produção vocal (disfonias), causados por patologias de pregas vocais (nódulos, pólipos, cistos, ou mesmo câncer de laringe, por exemplo); cuidar de alterações vocais comuns na terceira idade (presbifonia); auxiliar no aprimoramento vocal de indivíduos que trabalham diretamente com a voz (cantores, jornalistas, advogados, artistas, etc) dentre outras possibilidades. 

Os profissionais supracitados podem ser denominados “atletas vocais”, tamanha é a resistência vocal requerida por estas funções. Conhecimentos básicos sobre anatomia e fisiologia do aparelho fonador são necessários para o exercício adequado das mesmas.

O fonoaudiólogo também é o profissional responsável por trabalhos com assessoria, consultoria e treinamento na área de comunicação. Profissionais que utilizam a voz como instrumento de trabalho são muito beneficiados com este tipo de intervenção. Estes profissionais necessitam de uma qualidade de voz adequada e de uma comunicação oral (expressão verbal, oratória, fala-articulação, vocabulário...) eficiente.

Aquecimento vocal

 

O que significa aquecer a voz? Significa preparar a musculatura laríngea para uma demanda vocal intensa, proporcionando, através de exercícios, maior flexibilidade muscular, aumento da irrigação sanguínea, melhor projeção vocal, maior controle respiratório, dentre outros aspectos. Façamos uma comparação: um atleta consegue realizar seu trabalho sem um aquecimento prévio? Se o fizer, certamente terá problemas...

                                                

Os "atletas" da voz também podem ter sérios problemas; dentre eles, podem ficar impossibilitados de exercer a própria função...  

Se você trabalha com a voz, fique atento: qualquer alteração (dor de garganta, rouquidão, cansaço ao falar, voz fraca...) inspira cuidados. Não permita  que nada atrapalhe sua rotina profissional. Procure um médico otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo e cuide-se!!!

O que é frequência fundamental?

A voz é produzida através de um sopro de ar oriundo dos pulmões. Este sopro sofre modificações no decorrer do trato vocal (laringe, pregas ou cordas vocais, faringe, nariz e estruturas da cavidade oral) e origina a voz audível. A producão desse som depende, basicamente, do ar que transita pelo trato vocal e da atividade da laringe, onde estão as cordas vocais. Estas aproximam-se e vibram à medida que o ar passa por elas. A figura abaixo demonstra as cordas vocais em dois momentos: durante a inspiração (entrada do ar), quando elas estão afastadas, e durante a saída do ar (expiração), momento em que elas se aproximam e vibram.

O termo frequência indica o número de ciclos (neste caso, vibrações) que as cordas vocais realizam em um segundo.  A frequência fundamental, neste caso, é a primeira frequência produzida na glote (espaço entre as cordas vocais ). Em relação à voz, ela está ligada às variações de altura (sons agudos e graves) e de intensidade (sons fortes ou fracos).

A próxima figura mostra o "caminho" percorrido pelo ar em nosso corpo para possibilitar a fonação (emissão vocal). Este conjunto de estruturas pode ser denominado de aparelho fonador. 

Órgãos responsáveis pela produção da voz

Perceba que estas estruturas são, na verdade, pertencentes a dois outros aparelhos, o respiratório e o digestório. Fica fácil entender porque alterações  respiratórias e/ou alimentares interferem na qualidade vocal.

De maneira sucinta, o aparelho fonador  pode ser dividido de acordo com o seguinte esquema:

O aparelho fonador	Componentes	Função
Produtores	Pulmões, músculos abdominais, diafragma, músculos intercostais, músculos extensores da coluna	Produzem a coluna de ar que pressiona a laringe, produzindo som nas cordas vocais
Vibrador	Laringe	Produz som fundamental
Ressonadores	Cavidade nasal, faringe, boca	Ampliam o som
Articulador	Lábios, língua, palato mole, palato duro, mandíbula	Articulam e dão sentido ao som, transformando sons em orais e nasais
Sensor / Coordenador	Ouvido - capta, localiza e conduz o som; cérebro - analisa, registra e arquiva o som	Captam, selecionam e interpretam o som

O vídeo a seguir explica mais detalhadamente o processo de produção vocal. Ele fala sobre as partes constituintes da laringe, seus músculos, cartilagens e ligamentos. Confira: